A poluição, a crise climática, as novas leis ambientais e a demanda de lanchonetes que buscam o uso de embalagens recicláveis transformaram as embalagens ecológicas em uma nova necessidade para muitos estabelecimentos e restaurantes.
A embalagem sustentável começou a entrar nesta nova era. Quer tentemos reduzir a quantidade de resíduos ou simplesmente tentar não ir contra as regulamentações que regulamentam o plástico de uso único, conhecer as características e atributos dessas embalagens “eco-friendly” nos ajudará a entender o novo paradigma.
Conversamos com a Be Eco, distribuidora chilena de embalagens compostáveis, para investigar os principais motivos pelos quais esses materiais são cada vez mais necessários e populares e para saber como escolhê-los corretamente.
Por que escolher embalagens compostáveis e não apenas "biodegradáveis"?
A maioria dos produtos do mercado é biodegradável. Um plástico, por exemplo, se degradará em 400 anos. A compostável, por sua vez, é feita exclusivamente de materiais naturais, 100% vegetais, que fazem com que sua degradação seja em no máximo dois anos. Além disso, em locais de compostagem industrial —com condições ideais de umidade, temperatura e pressão—, pode ser reduzido para 12 semanas. Portanto, "biodegradável" e "compostável" são termos complementares, mas compostável é muito mais rápido em seu processo de degradação.
Atualmente, no mercado latino-americano, são comercializadas muitas alternativas de produtos que afirmam ser “mais biodegradáveis”. São comercializados sacos ou tigelas marrons e confeccionados em papel kraft, que dão a sensação de serem ecológicos; Mas essas tigelas, em geral, possuem forros internos de plástico, que evitam, por exemplo, que um copo de café derrame seu líquido. À primeira vista parecem muito ecológicos, mas o fato de ter esses dois materiais em sua composição - kraft e plástico - torna-os mais difíceis de degradar e desintegrar. Compostáveis, em vez de terem uma folha de plástico em seu interior, funcionam outros tipos de elementos, como os bioplásticos. Embora possuam uma mistura de materiais, são todos compostáveis.
Qual material deve ser usado para embalagem de entrega?
Dentro dos compostáveis, encontramos vários tipos de materiais. Um deles é o PLA, um bioplástico à base de amido de milho. Este elemento é supermoldável: pode ser flexível, transparente, não transparente e também duro e branco (por exemplo, aquele usado para talheres). É o material mais procurado entre os diferentes tipos de embalagem, pois não perde rigidez, resistência, tolerância à temperatura, frio ou preservação de alimentos. Ele tem as mesmas propriedades que um plástico poderia ter, exceto que ele não emite micropartículas tóxicas. Portanto, se falamos em entrega ao domicílio, existem alternativas de transporte, de reserva de calor e para todas as necessidades de entrega.
Que outros materiais são usados para fazer embalagens compostáveis?
Algumas das matérias-primas utilizadas por fornecedores como a Be Eco, são:
As embalagens compostáveis requerem conhecimento ou cuidado especial por parte dos restaurantes?
Em termos tangíveis, não há grande diferença entre produtos compostáveis e tradicionais. Normalmente, em restaurantes, cafés e lojas, usa-se papelão e todos os tipos de plástico. No caso dos compostáveis, a principal diferença são as fontes de extração das matérias-primas e os materiais utilizados, mas não variam em termos de qualidade.
Por outro lado, entendendo que estamos utilizando um produto bastante novo no mercado, é necessário integrar o conhecimento para expressar aos comensais como são feitos esses recipientes e quais são suas matérias-primas. "A mensagem" pode ser o principal diferencial que uma cafeteria tem na hora de utilizar esse tipo de compostável: o fato de dizer que o produto é ecológico e que está bem visível na embalagem, contribui para a "educação" dos cliente final.
Qual é o custo-benefício do uso de embalagens ecológicas?
Sem rodeios: usar compostáveis é mais caro do que usar plástico. A principal razão é que o plástico está difundido no mundo todo, os custos de fabricação são muito baixos e o volume produzido é muito grande. Os materiais compostáveis, ao contrário do plástico, vêm de fontes muito específicas e poucos países produzem essas matérias-primas, o que acaba aumentando seu preço. Em alguns casos e dependendo do material, pode valer até o dobro.
Por outro lado, é um investimento adicional que é compensado pelo marketing e pelo interesse que produz nos clientes finais. Atualmente, grande parte dos lanchonetes demanda esse tipo de material. Além disso, os negócios gastronômicos geralmente transferem esse custo para o preço final. O consumidor aceita esse aumento para ter produtos muito mais ecologicamente corretos.
Resumindo: quais são as vantagens da embalagem compostável?
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